Recentemente, a União Europeia anunciou a suspensão de importação de carnes de frango de 20 frigoríficos brasileiros. O embargo se motiva pelas recentes descobertas da Operação Carne Fraca, que apontam fraudes sanitárias no processo de produção da carne.
Previsões do setor apontam o prejuízo de US$ 300 milhões nas exportações brasileiras, significando uma queda de 30% a 35% nas vendas de frango para a União Europeia.
Nessa quarta-feira (25), a Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) autorizou que o Ministério da Agricultura inicie estudos para reclamação oficial à Organização Mundial do Comércio (OMC), contra a decisão da EU.
O Ministro da Agricultura, Maggi, afirma que a decisão tomada pelo bloco poderá afetar negociações para um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia. Ele aponta que existem duas formas de exportar frango in natura para a Europa. Uma delas consiste no pagamento de 15,4% de imposto sobre o valor exportado e a proibição de 2.600 tipos de bactérias. Enquanto a outra, consiste em uma cota de 21.600 toneladas e proíbe somente dois tipos de bactéria. Com isso, argumenta que o embargo seria uma medida comercial e que não se respalda em motivos sanitários.